VUNGI OU IBEJI
Vamos agora entrar numa grande brincadeira, mas falando seriamente! Vungi – na nação Angola e Congo; ou Ibeji – na Nação Ketu; é o Orixá Erê, ou seja, o Orixá criança. É a divindade da brincadeira, da alegria; sua regência está ligada à infância.
Discute-se, ainda hoje, sobre os fundamentos deste Orixá. Dizem que estão perdidos, pois trata-se de uma divindade raríssima e até mesmo pouco conhecida no Brasil. São gêmeos, duplos e têm o sincretismo de Cosme e Damião; e Crispim e Crispiniano, tão cultuado em terras brasileira.
Vungi está presente em todos os rituais do candomblé pois, assim com Exu, se não for bem cuidado, pode atrapalhar os trabalhos, com suas brincadeiras infantis, desvirtuando a concentração dos membros de uma Casa de Santo.
Vungi (ou Ibeji) é o Orixá da brincadeira infantil. Rege a alegria, a inocência, a ingenuidade da criança. Sua determinação é tomar conta do bebê até a adolescência, independentemente do Orixá que a criança carrega.
Vungi é a brincadeira de roda, é o pique-esconde, a travessura, é a imitação de adulto, pela criança. É também o moleque levado, teimoso, manhoso, malcriado, mimado, chorão. É a travessura cósmica. Está presente entre nós, no espírito ativo de uma criança e até mesmo no adulto. Está também nos centros dos pássaros, nas evoluções de um bando de aves.
Vungi e alegria, a felicidade, o contentamento, a formosura, o encantamento. É o olho brilhante da criança, o sorriso infantil, o jeito meigo e travesso. É o choro do bebê. É também a brincadeira sadia dos adolescentes.
Companheiro inseparável de logun-edé e Ewá, formam um trio de muita bagunça, de alegria, felicidade e, principalmente, beleza.
Qualquer tipo de brincadeira infantil tem a regência de Vungi, que será sempre a essência infantil, o jeito que Olorun criou, especialmente para a criança.
Vungi então é o começo, é o engatinhar, é o primeiro passinho. Rege a beleza da vida e está presente nas flores, principalmente, proporcionando o perfume e encanto.
Vungi é tudo isto e muito mais daquilo que conhecemos como criança. Cada um de nós teve Vungi bem próximo pois, um dia, fomos crianças. E podemos dizer que, cada vez que avistamos uma flor, sentimento o seu perfume, estamos em contato com Vungi. Cada vez que vemos uma criança dormindo, brincando, cantando, estamos em contanto com Vungi. Cada vez que nos pegamos cantando e vivendo alegremente, estamos em contato direto com Vungi. Cada vez que reparamos que estamos vivos, felizes e dispostos a transmitir esta alegria, somos Vungi!
Poderia falar da Mitologia de Vungi, mas creio não será necessário, pois seria e repetição de episódios que nós, seres humanos, vivemos quando crianças.
Se você quer realmente conhecer lendas sobre Vungi, feche os olhos, lembre-se de sua infância, procure lembrar-se de uma felicidade, de uma travessura, e você estará vivendo (ou revivendo) uma lenda destes Orixás, pois tudo aquilo que de bom nos aconteceu quando em nossa vida infantil foi gerado, regido e administrado por Vungi. Portanto, ele já viveu todas as felicidades e travessuras que todos nós, seres humanos, vivemos.
A lenda, a historia de Vungi, acontece a cada momento feliz de uma criança. Ao menos para manter viva este tão importante Orixá, procure dar felicidade e uma criança. Faça você mesmo (ainda que leigo no Culto) o encantamento de Vungi. É fácil: faça gerar dentro de si a felicidade por estar vivendo. Transmita essa felicidade, contagie o seu próximo com ela. Encante Vungi, com a magia do sorriso, com amor de uma criança.
E seja Vungi, feliz!
Lenda
Abaixo colocarei uma lenda sobre Ibejis:
Oiá andava pelo mundo disfarçada de novilha.
Um dia Oxossi a viu sem a pele e se apaixonou
Casou-se com Oiá e escondeu a pele da novilha, para ela não fugir dele.
Oiá teve dezesseis filhos com Oxossi.
Oxum, que era a primeira esposa de Oxossi e que não tinha filhos, foi quem criou todos os filhos de Oiá.
O primeiro a nascer chamou-se Togum.
Depois nasceram os gêmeos, os Ibejis, e depois deles, Idoú.
Nasceu depois uma menina Alabá, seguida do menino Odobé.
E depois os demais filhos de Oiá e Oxossi.
Os meninos pareciam-se com o pai, as meninas, com a mãe.
Oiá tinha os filhos que Oxum criava e assim viviam na casa de Oxossi.
Um dia as duas mães se desentenderam.
Oxum mostrou a Oiá onde estava sua pele.
Oiá recuperou a pele de novilha, reassumiu sua forma animal e fugiu.
Lenda retirada do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi.
► Erê
No Candomblé, Erê é o intermediário entre a pessoa e o seu Orixá, é o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si; reside no ponto exacto entre a consciência da pessoa e a inconsciência do orixá. É por meio do Erê que o Orixá expressa a sua vontade, que o ìyàwó (Iniciado no culto) aprende as coisas fundamentais do candomblé, como as danças e os ritos específicos do seu Orixá. O Erê aparece instantaneamente logo após o transe do orixá.
► Ibeji
Ibeji na nação de candomblé Ketu, equiparado ao nkisi Vunji nas nações de candomblé Angola e Congo (atualmente, estas duas últimas, consideram-se fundidas dada a grande semelhança das práticas religiosas e a proximidade das línguas utilizadas, que são respectivamente, o Kimbundo e o Kikongo). É o Orixá criança. É a divindade da brincadeira, da alegria; a sua regência está ligada à infância.
A lenda e a história de Ibeji, acontece a cada momento feliz de uma criança. Ao menos para manter vivo este importante Orixá, procure dar felicidade a uma criança. Faça você mesmo o encantamento de Ibeji. É fácil: faça gerar dentro de si a felicidade de estar vivo. Transmita esta felicidade, contagie o seu próximo com ela. Encante Ibeji com a magia do sorriso, com o amor de uma criança. E seja Ibeji, feliz!
► Cosme e Damião
Na Umbanda não se cultua Erê ou Ibeji e sim entidades de carácter infantil, que simbolizam pureza, inocência e singeleza e se entregam a brincadeiras e divertimentos. Pedem-lhes ajuda para os filhos, para fazer confidências e resolver problemas. Geralmente supõe-se que são espíritos que desencarnaram com pouca idade e trazem características da sua última encarnação, como trejeitos e fala de criança e o gosto por brinquedos e doces. Diz-se que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. São tidos como mensageiro dos guias espirituais, respeitados pelos caboclos e pretos-velhos. Geralmente, são agrupados em uma linha própria, chamada de Linha das Crianças. Costumam ter nomes típicos de crianças brasileiras, como Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Joãozinho, Paulinho e Cosminho. Crê-se que em seus líderes de falange estão os santos católicos Cosme e Damião, seguidos de Doum. Comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas.
No Candomblé, Erê é o intermediário entre a pessoa e o seu Orixá, é o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si; reside no ponto exacto entre a consciência da pessoa e a inconsciência do orixá. É por meio do Erê que o Orixá expressa a sua vontade, que o ìyàwó (Iniciado no culto) aprende as coisas fundamentais do candomblé, como as danças e os ritos específicos do seu Orixá. O Erê aparece instantaneamente logo após o transe do orixá.
► Ibeji
Ibeji na nação de candomblé Ketu, equiparado ao nkisi Vunji nas nações de candomblé Angola e Congo (atualmente, estas duas últimas, consideram-se fundidas dada a grande semelhança das práticas religiosas e a proximidade das línguas utilizadas, que são respectivamente, o Kimbundo e o Kikongo). É o Orixá criança. É a divindade da brincadeira, da alegria; a sua regência está ligada à infância.
A lenda e a história de Ibeji, acontece a cada momento feliz de uma criança. Ao menos para manter vivo este importante Orixá, procure dar felicidade a uma criança. Faça você mesmo o encantamento de Ibeji. É fácil: faça gerar dentro de si a felicidade de estar vivo. Transmita esta felicidade, contagie o seu próximo com ela. Encante Ibeji com a magia do sorriso, com o amor de uma criança. E seja Ibeji, feliz!
► Cosme e Damião
Na Umbanda não se cultua Erê ou Ibeji e sim entidades de carácter infantil, que simbolizam pureza, inocência e singeleza e se entregam a brincadeiras e divertimentos. Pedem-lhes ajuda para os filhos, para fazer confidências e resolver problemas. Geralmente supõe-se que são espíritos que desencarnaram com pouca idade e trazem características da sua última encarnação, como trejeitos e fala de criança e o gosto por brinquedos e doces. Diz-se que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. São tidos como mensageiro dos guias espirituais, respeitados pelos caboclos e pretos-velhos. Geralmente, são agrupados em uma linha própria, chamada de Linha das Crianças. Costumam ter nomes típicos de crianças brasileiras, como Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Joãozinho, Paulinho e Cosminho. Crê-se que em seus líderes de falange estão os santos católicos Cosme e Damião, seguidos de Doum. Comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas.
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